Selo que qualifica produtos de acordo com seu nível de processamento vem sendo adotado por países europeus, mas gera controvérsias
Cada vez mais as marcas precisam empoderar os consumidores a escolherem o que faz bem à sua saúde e à do planeta. Quanto a indústria de alimentos pode contribuir para escolhas mais informadas e sustentáveis?
Quando o assunto é alimentação e saúde, a tendência de conscientização de consumidores e órgãos reguladores para o direito à informação sobre a composição nutricional dos produtos e métodos de produção dos artesanais aos ultra processados é irreversível.
Para os consumidores europeus, no entanto, acostumados ao consumo de alimentos artesanais, por empresas familiares e adeptas do cultivo sustentável, a proposta de rotulagem da Nutri-Score parece na verdade prejudicar produtos de fabricação centenária com menor grau de processamento, pois o critério para a nota considera o “conteúdo benéfico” como fibras, legumes, verduras, frutas em comparação aos elementos “danosos”, como açúcar, sal, gorduras. Porém, o cálculo algorítmico desconsidera características importantes como o grau de processamento industrial, a presença de elementos nutricionais como vitaminas e sais minerais e o tamanho de uma porção padrão.
Na França, o sistema NutriScore classifica os alimentos de A a E, nota que representa uma síntese do cruzamento de elementos negativos (calorias, sal, gorduras e açúcares) e positivos (frutas, vegetais, legumes e oleaginosas; fibras; proteínas). A boa notícia é que em sua adaptação para o Brasil, a Associação Brasileira de Nutrição (Abran) propõe, além da escala, incluir mais sete elementos para que o consumidor análise na hora da compra.
Entenda a proposta: https://www.asbran.org.br/noticias/nutriscore-brasileiro-nao-e-o-mesmo-que-o-frances.